É o termo certo para a cena que vi neste último final de semana.
Fui a uma agência bancária para sacar dinheiro e ao entrar me deparo com uma senhora sentada no chão falando alto ao telefone e chorando.
Fui até ela e verifiquei se poderia ajudar com algo. Noto que ela é uma pessoa simples, roupas rotas e português bem mal conjugado.
Em prantos ela me diz que foi a agência sacar dinheiro para compras, mas que teve problemas com o cartão. Nisto uma garota bem apessoada apareceu e lhe ofereceu ajuda. Ao terminar de ajudá-la, a garota foi embora e a Sra. em questão notou que não havia mais nenhum real em sua conta e logo em seguida seu cartão havia sido bloqueado.
E ela se acabava em lágrimas e uma outra pessoa ao telefone falava alto também, algo sobre o dinheiro de uma vida.
Tentei acalmá-la dizendo que se o cartão estava bloqueado era provavelmente devido ao fato do banco ter desconfiado da transação e a bloqueado. Pedi a ela que fosse até a delegacia fazer um B.O e que ligasse para o banco explicando o acontecido e solicitando o estorno da transação, pois ela havia sido lesada. A instrui sobre os problemas de se confiar em desconhecidos (eu era o que pra ela?) e que ela deveria correr para tentar reverter o dano.
A Sra. se vai e eu fico pensando naquele desespero todo e na inocência ou ingenuidade que ela carregava. Entregou a senha de seu cartão a uma pessoa desconhecida.
Poderia eu aqui, escrever sobre a perversidade humana.
Ou sobre sua ingenuidade.
Ou burrice.
Ou a capacidade de acreditar. Mesmo em tempos de pouco crédito.
Ou até, vá lá…Dos sistemas antifraude dos bancos.
Mas prefiro simplesmente não escrever mais nada. E apenas relembro o rosta daquela Sra.
Para imaginá-la, coloque um celular na mão esquerda do personagem do quadro acima (O grito de Edward Munch, diga-se de passagem). O restante é o mesmo.
Quadro que causa certo desespero.
Como a cena que vi.
Boa Noite
Imagino a canseira que essa humilde senhora levara do banco, para conseguir ter de volta seu dinheiro, conta desbloqueada e tudo mais, visto a dificuldade que eh pra conseguir fazer uma reclamacao e ter andamento em qualquer caso no Brasil.
Uma boa releitura citada em post junto ao contra ponto descrito e com o adicionar da foto do quadro onde nos faz pensar bem assim: …”coloque um celular na mão esquerda do personagem do quadro acima (O grito de Edward Munch, diga-se de passagem). O restante é o mesmo.”